Organização de cuidados ao Pé Diabético
A existência de consultas de pé diabético permite uma redução das taxas de amputação em diabéticos, como se comprova pelos dados estatísticos regionais e nacionais, reflectindo a existência de consultas de pé diabético no Norte do País com as baixas taxas de amputação verificadas na região; a organização da actividade assistencial ao pé diabético no Serviço Nacional de Saúde está regulamentado na Norma nº5 do 2011 da DGS, que define os níveis assistenciais nos ACES e nos Hospitais.
De salientar que a prevenção e o ensino terapêutico são absolutamente essenciais e custo-eficazes, pelo que se torna imperioso que as equipas multidisciplinares, em todos os níveis assistenciais, integrem podologistas. Sem uma prevenção e uma reabilitação eficazes, não é possível obter ganhos em saúde e financeiros, passíveis de conseguir simplesmente com a integração destes profissionais.
Nível I - ACES
(Médico | Enfermeiro | Podologista)
- Tratamento de Patologia não ulcerativa;
- Educação doente e familiares;
- Seguimento a partir de centro de referência;
- Tratamento de úlceras superficiais.
Nível II - HOSPITAL
(Endocri./Internista | Orto./Cir. Geral | Enfermeiro | Podologista)
- Úlcera com infeção ou necrose;
- Tratamento patologia ulcerativa/isquémica;
- Necessidade desbridamento cirúrgico e internamento.
Nível III - HOSPITAL
(Endocri./Internista | Cirurgião Vascular | Fisiatria | Enfermeiro | Podologista | Técnico de ortóteses)
- Investigação e intervenção vascular;
- Úlceras graves e casos complexos;
- Execução palmilhas / sapatos individualizados.
C.N. nº 5/11 da Direção Geral de Saúde