Definição OMS
“O síndrome de pé diabético é a situação de infecção, ulceração ou também destruição dos tecidos profundos dos pés, abaixo dos maléolos, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores”.
Movimento Assistencial
Dada a escassez deste tipo de recurso assistencial na área de influência do C.H.T.S., rapidamente o movimento da consulta cresceu em exponencialmente até ao limite actual de 5300/consultas ano, das quais aproximadamente 1600 são primeiras consultas.
Movimento Assistencial da Consulta do Pé Diabético
Fonte: Relatórios de Gestão SPAG do C.H.T.S.
Relativamente aos casos graves, são internados no serviço de Cirurgia Geral, sendo que, em média, o serviço tem 4 a 5 doentes internados devido a esta patologia, correspondendo a um total de 1417 dias de internamento.
A Unidade de Pé Diabético mantém uma elevada taxa de ambulatorização de doentes com infecção de Pé Diabético moderada a grave recorrendo, de forma pioneira a nível nacional, ao regime de Hospital de Dia, desde 2014 e, desde 2019, ao de Hospitalização domiciliária, de forma igualmente pioneira. São, em média, efectuadas 90 intervenções cirúrgicas/ano por infecção de pé diabético moderada a grave.
A diversificação da oferta de opções terapêuticas dentro da multidisciplinaridade recomendada pelas guidelines internacionais e nacionais levou à criação de consultas específicas, algumas com a presença simultânea de várias especialidades médicas, de enfermagem e de podologia, na procura de soluções para casos clínicos complexos, nomeadamente sequelares de infecções graves. A consulta aberta funciona como um serviço de urgência dedicada à patologia, à qual podem ser referenciados casos graves dentro do horário indicado (dias úteis, das 09-12h) bem como os pacientes da consulta por iniciativa própria, mediante sinais de alarme que lhes são indicados.
Movimento assistencial em 2020 por especialidade
Fonte: Mapa SONHO CON 893, CON 123 e CON 126
A existência de consultas de pé diabético permite uma redução das taxas de amputação em diabéticos, e a avaliação da distribuição regional das mesmas permite concluir essa realidade, dado que a região Norte do País foi pioneira neste tipo de consultas.
O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, mercê da experiência e dedicação da equipa e dos seus protocolos de ensino e tratamento, alcançou a mais baixa taxa de amputação a nível nacional em doentes diabéticos, resultado esse que o mantém na vanguarda desse resultado desde 2011 até à actualidade.
Taxa de Amputações major
Amputação major por 100000 / hab. |
|||||||
|
Norte |
CHTS |
Centro |
LVT |
Alentejo |
Algarve |
SNS |
2011 |
4.2 |
2.2 |
6.8 |
7.8 |
13.7 |
9.1 |
6.7 |
2013 |
5.1 |
2.3 |
9.1 |
7.1 |
11.5 |
7.9 |
6.9 |
2014 |
4.4 |
1.9 |
6.2 |
6.1 |
7.8 |
7.7 |
5.7 |
2015 |
3.4 |
0.9 |
5.9 |
6.3 |
11.4 |
8.6 |
5.5 |
2016 |
3.2 |
1.6 |
5.4 |
5.1 |
6.5 |
6.3 |
4.6 |
2017 |
2.3 |
0.6 |
2.8 |
4.2 |
4.9 |
4.3 |
3.3 |
2018 |
2.1 |
0 |
2.3 |
4.8 |
8.8 |
4.1 |
3.5 |
2019 |
- |
1.3 |
- |
- |
- |
- |
- |
2020 |
- |
0.4 |
- |
- |
- |
- |
- |
Fonte: Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes e Relatórios de Gestão SPAG do C.H.T.S.
Fonte: Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes e Relatórios de Gestão SPAG do C.H.T.S.